quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aproveitando as férias na terra do Sol

A Assistente Social Regilda Fernandes e o Bacharel em Filosofia Allan Mesquita aproveitaram alguns dias de suas férias e rumaram para Fortaleza, a terra do Sol, de Iracema, a virgem dos lábios de mel, do poeta José de Alencar, para um merecido descanso das lides do cotidiano. Com o objetivo de fazer belos passeios, usufruir a beleza das inesquecíveis paisagens, saborear peixes e frutos do mar e outras delícias da culinária com tempero nordestino, o casal também curtiu a lua de mel, fez compras no Mercado Central, na feirinha do Náutico e no shopping, visitou a Ponte dos Ingleses, passeou pela bela orla da capital e visitou o interior cearense, destacando-se as paradisíacas praias de Morro Branco, com seu famoso labirinto de falésias coloridas e bicas de água doce, a Praia das Fontes, local de beleza inigualável localizado entre o mar, fontes, dunas, gruta e que abriga a linda Lagoa de Uruaú, além daquela que é considerada uma das mais belas, a encantada praia de Canoa Quebrada, antiga vila de pescadores, cenário cinematográfico com coqueirais, falésias, lagoas, dunas de areias avermelhadas, descoberta por um grupo de hippies nos anos 70, cujo símbolo cravado no alto da falésia avermelhada, a lua e a estrela, é um verdadeiro talismã. Como o tempo disponível foi curto, o casal apaixonado já aguarda nova oportunidade para viver dias especiais mergulhando nas águas quentes do Oceano Atlântico e aproveitar aquela brisa marinha, geladíssima, lá da sacadinha do apartamento. Maravilha.

Lendo, aprendendo e ... revivendo!

" Imprestável da Silva, por aí jaz o velho regatão. Dá saudade até em quem apenas ouviu falar dele. Ancorou no porto-solidão, fincou o ferro, beijou a areia e desceu a carga dos sonhos. O povo dos seringais veio para as cidades, a fonte da seringa secou e quase nada é novidade. Se alguma aparecer não vende, encalha. O seringueiro virou soldado e passou a lutar outra guerra, mais concorrida, na qual a vida não corre lenta como látex. E o homem da embarcação, sem chita nem cambraia para levar, sem borracha para trazer, foi perdendo a correnteza. Deixou de transportar ilusões, mas nunca deixará de carregá-las. Por um triz, Esquecido da Silva, o regatão perdeu-se num estirão, baleeira e batelão. No mesmo termo, muitos dias de subida depois, o homem que nele regateava, o outro regatão enfiou-se num balseiro, perdeu o canal do rio, foi tragado por uma crônica sem rumo, deu com os burros n’água. Enquanto isso, as velhas conversas-fiadas, sem comando na popa, saem para desfilar no salão da margem esquerda do velho rio Acre, em direção ao Purus e daí para o mar. Vão desfilando, crescem, reproduzem, ganham da verdade e viram lenda, barranco acima, internet afora. Só assim volta o regatão." ... (trecho do texto “Regatão e Porto Solidão”, fls.24, do livro “Páginas da Vida – Proseando na Floresta”, de autoria do Dr. José Augusto Fontes, Editora K2). Gosto muito de viajar (mas nem sempre posso, por alguns e vários motivos), escrever e ler; a leitura é um dos meus maiores prazeres e através dela eu viajo, conheço lugares, pessoas, coisas, outras culturas e assim vou adquirindo conhecimentos. Esse hábito adquiri quando estudei interna em colégio de freiras, e era assim que valorizava o tempo em que não estava estudando. Depois, a profissão me preencheu o tempo com códigos,legislação, jurisprudências, doutrinas, etc e tal. Agora, já disponibilizei um tempinho para continuar essa prática tão salutar e encontrei nesse livro uma leitura que encanta, instrui, faz sonhar, viver, reviver, conhecer, recordar e aprender com os textos primorosos de um escritor autenticamente acreano. Um livro para ler e reler em todas as horas disponíveis. Imperdível!