quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sena Folia e o bloco "Amigos do Ronaldo"

EM SENA MADUREIRA A cidade de Sena Madureira, conhecida como “a princezinha do Acre”, é município acreano localizado a cerca de 140 km da capital Rio Branco, na Região do Alto Purus, situado às margens do Rio Iaco, tendo como principais afluentes os rios Macauã e Caeté. Sua fundação ocorreu em 25 de setembro de 1904, pelo general José Siqueira de Menezes, diplomata, governador e senador sergipano, herói de Canudos, e seu nome é uma homenagem ao Coronel Antônio Sena Madureira, militar que teve destacada atuação na Guerra do Paraguai. A Sena Folia, uma verdadeira festa ou carnaval fora de época idealizada pelo Prefeito Nilson Areal para comemorar a fundação do município, este ano em sua quinta edição, foi um verdadeiro sucesso e mais de trinta mil pessoas se fizeram presentes à Avenida Avelino Chaves para dançar, aplaudir, ouvir e ver uma das mais belas cantoras baianas, a “morena da cor de canela” Margareth Menezes, que arrasou no palco com sua voz inigualável e seu axémusic, fazendo todo mundo “tirar o pé do chão”. Muitos eventos ainda estão na programação para festejar a fundação do município, dentre eles a famosa “Cavalhada” e o Festival do Mandi”, que já se tornaram marcos na tradicional festa do município povoado por retirantes nordestinos no século passado. SENA FOLIA E O BLOCO "AMIGOS DO RONALDO" Como bom filho da terra, o jovem administrador Ronaldo Queiroz contribuiu para embelezar a festa, colocando na rua o bloco “Amigos do Ronaldo”, com mais de quinhentos componentes, todos devidamente vestidos com abada e ornados de muita alegria e animação. Antes do evento principal, a turma animada fechou o trânsito na Avenida Avelino Chaves e assistiu no telão da casa de seu pai, o show patrocinado pela seleção brasileira de futebol, que nos deu como presente aquela “surra” de gols na Argentina, ganhando o jogo pelo escore de 3 X 1. Maravilha.

Carta de Feijó

Querida Marta, fizemos uma viagem de trabalho memorável. Como sabes, partimos de Rio Branco para Feijó e Tarauacá pela estrada, o que sempre é uma aventura principalmente porque as notícias que nos chegam são de infindáveis atoleiros e múltiplos problemas. Para enfrentar o que poderia se transformar em paradas forçadas que nos obrigariam a permanecer dias na estrada, abastecemos o carro com muita comida, água, refrigerantes e cerveja, que ninguém é de ferro. Ah! E música é claro. Para nossa surpresa, chegamos em Feijó cinco horas depois de sairmos de Rio Branco. Tempo que incluiu diversas paradas para fotos ( como podes comprovar), para o banheiro e para fumar. Mesmo assim, não estávamos tranqüilos quanto à volta. Concluímos nosso trabalho o mais rapidamente possível para pegar a estrada de volta, temendo a chuva que poderia nos reter. A noite nos encontrou na estrada e a lua cheia saindo por trás da mata, parecia nos acompanhar sorrindo de nossos temores, que poucos quilômetros a frente iriam se materializar na forma de um atoleiro. Havia chovido num trecho da estrada e uma imensa fila de caminhões começava a se formar. Sem disposição para passar a noite na estrada, com a adrenalina em alta e a anuência de Neyla, Raimundão e eu, Sinval costurou com a caminhonete por entre os caminhões parados que vinham de Feijó para Sena Madureira,e, lá na frente nos deparamos com o motivo do problema- Um IMENSO caminhão estava atravessado na pista bloqueando a passagem. Enquanto o motorista do caminhão parecia tentar manobrar, seu auxiliar caminhando na lama fazia sinais para que parássemos. Sinval desviou pela frente do caminhão-barreira, e ultrapassando-o voltou para pista já ocupada por dezenas de caminhões parados que iam de Sena Madureira em direção a Feijó. Passamos entre os caminhões parados e viemos embora sem qualquer problema. Atrás de nós, a fila de veículos parados, de um lado e outro do caminhão-barreira continuou aumentando. Impactados com a manobra do nosso motorista, gritávamos de alegria dentro carro, afinal, não passaríamos a noite na estrada. Foi aí que entendemos o motivo das notícias que nos chegam de estrada bloqueada com imensas filas de caminhões, carros e ônibus, que passam horas de angústia entre Feijó e Sena Madureira: Um motorista resolve chamar a atenção das máquinas de forma preventiva para o caso da chuva aumentar e interdita a via. Após uma noite sem o registro da passagem de caminhões, as máquinas são acionadas para auxiliar. Mas aí, o estrago está feito. As manchetes dos jornais com a notícia que a estrada está bloqueada e que dezenas de caminhões aguardam por socorro, já estão circulando. Nós que não caímos no conto, chegamos em casa sãos, salvos e satisfeitos, depois de uma viagem que foi mais um piquenique sobre rodas. Comemos, e nos divertimos durante todo o trajeto, o que incluiu as confidências tradicionais em situações como essas em que quatro pessoas ficam confinadas no espaço reduzido do carro. E, claro, as velhas músicas nos trouxeram as lembranças de amores passados, amores eternos. Só faltou você. P.S- Para não dizer que não vimos nada ruim, encontramos um caminhão tombado e quatro focos de incêndio na mata, não tem jeito, as pessoas não aprendem. Beijos. Angélica Participaram da viagem/aventura a jornalista Angélica Paiva,Raimundão, Neila Rocha e Sival Siva.