sábado, 20 de fevereiro de 2010

Passeando pelo Rio Acre até seu afluente, Riozinho do Rola

Os cearenses Jackson Roberto e sua esposa Nágila estão visitando o Acre, a convite do ex-vereador Chiquito Lopes e Néia. Desde que desembarcou em Rio Branco, o jovem casal tem aproveitado e se encantado com as belezas da nossa região, especialmente com o verde e a imensidão da nossa floresta. Dia desses, atendendo a convite, acompanhei os amigos num passeio de barco, cujo embarque ocorreu bem cedinho no porto do bairro da Base. Sob o comando do Zé Branco, experiente piloto e conhecedor das inúmeras comunidades ribeirinhas que povoam as margens dos nossos rios, subimos o rio Acre, ora caudaloso em função da cheia, e nos despedimos do calçadão da Gameleira e da nossa linda bandeira, um dos pontos mais lindos da cidade, e da Gameleira, a árvore símbolo do início da cidade de Rio Branco, onde aportou o cearense Neutel Maia, em 28 de dezembro de 1882. Num percurso de mais de duas horas, subimos o rio Acre, passamos sob a terceira ponte, na Via Verde, um ponto muito lindo de Rio Branco, até encontrar o Riozinho do Rola, afluente da margem direita e ali ficamos parados por algumas horas. Piscoso, o riozinho oferece um espetáculo singular nessa época de cheia: é a apresentação dos botos grandes ou pequenos, que surgem em duplas, às vezes são três, outras são quatros, ou também sozinhos, lindos, muitos cor de rosa, cinzas, outros malhados rosas e cinza, outros só rosa, outros só cinza que acompanham o barco, desfilam, pulam, saltitam e se comunicam com os visitantes, emitindo sons, como se conversassem animadamente. A loira cearense ficou maravilhada com a beleza dos botos e o “chapa“ ficou receoso de deixá-la encantada nessa imensidão de hiléia amazônica. Na saída, os botos acompanharam o barco até a saída do riozinho, como que se despedindo, mas sem sair de seu “habitat”. Um verdadeiro bailado, espetáculo da natureza. Um encanto! Um momento também especial foi o encontro com D. Tereza, a simpática cearense radicada no Acre desde a década de 40, quando aqui chegou aos 12 anos de idade e que mantém um restaurante à margem esquerda do rio Acre, localizado bem em frente à boca do Riozinho do Rola, onde foi servida uma galinha caipira, bem grande e gorda, um almoço muito gostoso. D. Tereza recebeu nossa turma com muita satisfação, conversou com seus conterrâneos sobre sua terra natal, falou da saudade que sente dos parentes, mas justificou que não deseja mais retornar ao local de seu nascimento, pois o Acre é, há muito tempo, a sua terra adotada pelo coração. Conversa vai, conversa vem, D. Tereza simpatizou comigo e me presenteou com esse lindo chapéu, confeccionado por um de seus filhos que reside em Porto Velho. Saímos todos felizes com a amizade da D. Tereza, uma mulher forte que transmite bondade. Emocionante! Na volta, descemos o rio Acre até encontrar a quarta ponte, uma das muitas obras importantes do governo do Estado, ora em estágio bem adiantado de sua construção e que, após sua conclusão, irá melhorar significativamente o trânsito de Rio Branco. Os cearenses amaram o passeio e nós também. Maravilha!