quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Visitando Quixadá e a Fazenda "Não me Deixes", de Rachel de Queiroz

Conhecendo a Fazenda “NÃO ME DEIXES”, da escritora cearense Rachel de Queiroz
A escritora, tradutora, professora, jornalista, romancista, cronista e teatróloga Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, em 17/11/1910 e faleceu dormindo em sua rede, no dia 04/11/2003, no Rio de Janeiro. Fugindo da seca que assolava o sertão nordestino, a escritora migrou para o Rio de Janeiro (1915), em companhia dos pais. De seu pai Daniel de Queiroz Lima herdou a propriedade rural que está localizada no distrito de Daniel de Queiroz, no Sertão Central do Ceará, distante cerca de 30 km do centro do município de Quixadá, a cidade dos monólitos, do Açude do Cedro e da Pedra da Galinha Choca. Mesmo morando distante e com muitas outras atribuições, Rachel e o marido Oyama construíram o casarão sede em 1955, utilizando materiais retirados da própria fazenda, tais como tijolos, portas, janelas, utilizando móveis rústicos, potes de barro, fogão a lenha e mobília artesanal.
Reserva particular do patrimônio natural
Por iniciativa dela, parte da Fazenda “NÃO ME DEIXES” foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Com um total de 928 ha, a "Fazenda Não Me Deixes" mantém 300 há como área particular de preservação, criada pela portaria nº. 148/98 do IBAMA em 5/11/1998, protegendo uma área de caatinga arbórea e arbustiva e outra parte para utilização agrícola, bem como para receber aves nativas apreendidas quando comercializadas irregularmente. O local era a paixão da escritora, onde encontrava refúgio e sossego e onde fazia questão de ficar durante meses, aproveitando moradia com jeito sertanejo por ela idealizada, rodeada de plantas tropicais e de lindos pássaros. Atendendo pedido de Rachel, a família mantém as características originais da casa até hoje. Por sua destacada atuação, Rachel participou da 21a Sessão da Assembléia Geral da ONU (1966), como delegada do Brasil, trabalhando na Comissão dos Direitos do Homem, foi a primeira mulher a tornar-se “Imortal” da Academia Brasileira de Letras, (sua posse ocorreu em 04 de novembro/1977). Foi também a primeira a receber o “Prêmio Camões”, dos governos do Brasil e de Portugal, equivalente ao Nobel na língua portuguesa (1993); recebeu o Prêmio da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato, além do Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra (1957). Dormindo em sua rede, Raquel faleceu no dia 04/11/2003, no Rio de Janeiro; seu corpo foi velado no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio, e enterrado no mausoléu de sua família no Cemitério São João Batista/Botafogo, ao lado de Oyama de Macedo, seu segundo marido, com quem viveu 42 anos. Seu último desejo parece que não foi possível ser atendido: queria ser cremada e suas cinzas levadas pelo vento para adubar seu recanto predileto. A professora Francisca Celebridade, nossa amiga cearense, e sua Leidinha, nos levaram (Sabrina, Raquel e eu), para conhecer o município de Quixadá e esse lindo refúgio, local onde viveu uma das mulheres mais importantes da recente história brasileira. Maravilha!

domingo, 27 de novembro de 2011

Niver da Dilma

No domingo, uma visita ao Shopping Via Verde

Leitura da Carta de Curitiba encerra XXI Conferência da OAB

Curitiba (PR), 24/11/2011 - A XXI Conferência Nacional dos Advogados, realizada nesta capital desde o último domingo (20) e que reuniu mais de 7 mil participantes, sob a condução do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, foi encerrada hoje (24) com a Carta de Curitiba. O documento ressalta que nesses cinco dias de debates os advogados brasileiros "dirigiram seus esforços buscando interpretar o sentimento nacional em torno dos ideais de Liberdade, Democracia e Meio Ambiente" - tema central da XXI Conferência. A leitura da Carta de Curitiba foi feita pelo Membro Honorário Vitalício da OAB Nacional, Eduardo Seabra Fagundes. A leitura da Carta de Curitiba foi feita por Eduardo Seabra Fagundes (Foto: Eugenio Novaes) A seguir, a íntegra do documento:
CARTA DE CURITIBA
Reunidos na histórica cidade de Curitiba, os advogados brasileiros, no transcurso da XXI Conferência Nacional realizada de 20 a 24 de novembro de 2011, dirigiram seus esforços buscando interpretar o sentimento nacional em torno dos ideais de Liberdade, Democracia e Meio Ambiente, que pontuam o destino de nosso povo. Reafirmam os advogados sua crença na imprensa livre e sujeita apenas aos controles sociais, rejeitam os abusos do Estado policial e defendem a autonomia dos indivíduos nas suas escolhas existenciais, da liberdade de religião à liberdade de orientação sexual. No tocante à democracia, advogam uma reforma política, que já tarda, capaz de diminuir o peso do poder econômico no processo eleitoral, de reforçar a representatividade do Legislativo e de fomentar virtudes cívicas que se encontram adormecidas. A advocacia brasileira reforça sua compreensão de que a autonomia e preservação do papel de cada um dos Poderes da República são primados fundamentais para a manutenção e aprimoramento do processo democrático. Nesse contexto, conclama o Congresso Nacional para que assuma de maneira firme a condução do processo legislativo, refreando a condição de refém das medidas provisórias. Os advogados brasileiros condenam, sobretudo, o modelo político que favorece e estimula o loteamento de cargos em todos os níveis de poder, tornando governantes reféns de agentes públicos que se valem dos seus cargos para fins privados. O país precisa de um choque ético no orçamento, nas licitações, na diminuição do número de cargos em comissão, dentre muitos outros domínios. O primado da ética deve estar presente na sociedade e em todas as instituições, o que inclui, naturalmente, o Poder Judiciário. Por essa razão, os advogados brasileiros defendem a competência e a independência do Conselho Nacional de Justiça, pois nenhuma autoridade pública deve estar isenta de controle. Reiterando que não há democracia sem justiça e sem advogados, os advogados brasileiros condenam os ataques às suas prerrogativas, por ser o profissional que defende, nos limites da lei e da ética, os interesses que lhe foram confiados. No desempenho dessa missão árdua, não deve ser destinatário da condenação social que possa existir em relação ao seu cliente. A advocacia é a alternativa que o mundo civilizado concebeu contra a força bruta e contra o autoritarismo, em que os argumentos substituem as armas e os golpes. Reiteram seu compromisso de preservar a qualidade daqueles que ingressam nos seus quadros, bem como de lutar pela qualidade do ensino jurídico, além de discordar dos critérios utilizados pelo MEC para criação de novos cursos e vagas e sua ineficiência na fiscalização, por privilegiarem a quantidade em detrimento da qualidade. Por fim, posicionam-se os advogados ao lado da sociedade que deseja o crescimento econômico do país, mas com observância de uma consciência ambiental, voltada para o desenvolvimento sustentável. Os advogados brasileiros, alinhados na Ordem dos Advogados, estarão sempre ao lado do povo brasileiro e da sociedade civil na defesa dos valores que nos congregam: justiça -- inclusive e notadamente na sua dimensão social --, liberdade e lisura no desempenho das funções públicas. Curitiba, 24 de novembro de 2011.
(Fonte - http://www.oab.org.br)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011