segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Escadaria do B. da Liberdade - São Luis/MA

"São Luís – Cidade feita à mão"

A velha São Luís foi toda feita à mão / Pedras e azulejos / Carregados no peito / Bem junto ao coração.
Braços escravos encravaram montes / Sustentaram alicerces descomunais / Ergueram escadas em becos sinuosos / Nas ladeiras do passado.
A cidade dos outeiros / Das escadarias, dos sobrados, / Amarrados uns aos outros / Subindo e descendo ladeiras / Quais vias romanas…
As casas aconchegadas, unidas, irmanadas, / Cochichavam confidências e amores / Velhas ternuras inaudíveis / Que o tempo sepultou para sempre!
Há uma tristeza difusa / Confusa, / Que derrama por essas ruas / E desce as escadarias do tempo!
São Luís, cidade das alcovas fechadas, / Em janelões descomunais / Emoldurando sombras antigas / De apagados amores.
Sacadas de ferro que se abrem para o mar / Sacadas antigas voltadas para o sertão / Cada uma, um afeto, uma despedida, / Uma profunda emoção…
Toda bordada em janelões lapidados / No trabalho dos velhos carapinas / Abre-se às campinas e aos montes / Às serras altaneiras – ternuras verdadeiras.
Assim é São Luís, evocativa moldura do passado!
Construída nas antigas eras / Em suores e cansaços / Foi ela toda feita à mão / Pedra a pedra, carregadas junto ao peito, Bem próximo ao coração!
(Carlos Alberto Lima Coelho)

"Don't let me be misunderstood"/Santa Esmeralda. Haja coraçãooooooooo